quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Risquinho, bolinha ou número para contar

Os pequenos debatem formas de registro escrito e aprendem sobre o sistema numérico

 Sophia Winkel

 
Um bom trabalho didático sobre o sistema de numeração e registros escritos deve prever situações em que as crianças possam explorar as diversas formas de notação, refletir sobre a adequação de cada uma delas em relação às necessidades e discutir sobre o significado da representação por meio dos números. Foi esse o caminho que Aline Dezengrini de Souza propôs para a sala de pré-escola da EEI do Sesc, em Santo Ângelo, a 435 quilômetros de Porto Alegre.

Aline levou uma coleção de carrinhos para a sala e pediu que cada um escrevesse em uma folha quantos havia. Vários tipos de registro surgiram: representações dos carrinhos, bolinhas, pauzinhos e algarismos. Alguns perceberam que os colegas estavam anotando de formas diferentes e ficaram desconfortáveis com a situação, dizendo: "Ele está fazendo errado!" e "Pode ser do jeito que ele fez?". Começaram, então, a apagar o que haviam escrito e Aline interveio: "Por que você está apagando? Acha que o jeito que o colega anotou é melhor do que o seu?". Uma garota justificou ter desistido de desenhar bolinhas porque carrinhos eram uma forma mais bonita de registrar. Outra, que tinha anotado com pauzinhos, disse que demorava mais para desenhar.

Aline começou, então, a problematizar as quantidades. Separou a turma em duplas para que pudessem comparar suas notações. Crianças que marcaram errado resolveram riscar os carrinhos a mais e outras apagar. Houve ainda quem desenhasse tudo outra vez. A professora questionou por que fazer isso, mesmo que alguns estivessem certos e disse que havia a opção de acrescentar ou diminuir marcações.

Susana Wolman, no livro Letras y Números: Alternativas Didácticas para Jardín de Infantes y Primer Ciclo de la EGB (256 págs., Ed. Santillana, sem tradução para o português), reproduz a discussão entre uma educadora e a sua turma sobre se um algarismo poderia representar mais de um objeto. Ainda que os pequenos concordassem que números eram boas formas de registro, achavam que cada algarismo poderia representar um único objeto. "Compreender a utilização dos algarismos é um processo que leva tempo e requer uma diversidade de situações que envolvam distintos usos dos números: como código, para indicar localização e ordem de atendimento, entre outros usos sociais. O professor deve explorar quais estratégias são mais eficientes para cada situação", explica Priscila Monteiro, consultora pedagógica da Fundação Victor Civita (FVC).

Guerra dos dados

Outra atividade interessante usando registros escritos de quantidades foi feita por Andreia Amorim dos Santos, que leciona na EMEI Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos, a 90 quilômetros de São Paulo. Ela apresentou à sala o jogo guerra dos dados. Para começar a brincadeira, formou dois grupos, que seriam adversários. Em todas as rodadas, um integrante de cada equipe jogava o dado e anotava a pontuação obtida no quadro. O grupo vencedor seria aquele que atingisse mais pontos.

Na hora de descobrir quem havia vencido, a professora pediu que um membro de cada grupo fosse até o quadro e contabilizasse os pontos. Logo começou uma discussão na sala, já que havia anotações de diferentes formas, como bolinhas, pauzinhos, algarismos e sequências de números. Todas aquelas formas de registro permitiam saber qual era a equipe vencedora? Era o que todos mais queriam saber.

Na primeira tentativa, os dois incumbidos de contar os pontos começaram a tarefa pelos pauzinhos e riscaram cada um dos contabilizados, para não se perderem. No entanto, pararam ao chegar aos algarismos, pois não sabiam como somar. Resolveram contá-los como se cada um representasse um ponto. Os colegas logo interferiram: "Você não pode contar o número 5 como uma coisa...", "São 5 coisas!".

Andreia convidou todos para realizar a tarefa coletivamente e fez algumas intervenções. Disse que eles deveriam contar os pontos um por um. Então, quando chegaram novamente nos algarismos, perguntou como resolver o problema. Um menino sugeriu transformar o número em pauzinhos, para que fosse possível somar. Todos concordaram e assim foi feito.

Sobre essa discussão, protagonizada pelos pequenos, Camilla Schiavo Ritzmann, formadora do Instituto Avisa Lá, explica: "As crianças precisam dos pauzinhos para contar, já que não são autônomas nos cálculos numéricos. É importante que se esforcem para criar estratégias, não cabendo ao professor apontar as saídas. No entanto, ele pode retomar o debate no futuro para incentivar a criação de outros caminhos".

Passados alguns minutos, a docente perguntou novamente qual havia sido o resultado. Ninguém se lembrava, e a contagem recomeçou. Andreia indagou, então: "Que tipo de registro podemos usar para não ter de contar todos os pauzinhos cada vez que quisermos saber a pontuação das equipes?". "Em número, para saber quem ganhou sem demorar", sugeriu Isaac Pace dos Santos, 5 anos. "Senão tem de contar de um em um tudo de novo e demora", completou Thainá de Oliveira Alvarenga, 4 anos. Era o que Andreia precisava para propor que a turma pensasse sobre os registros mais úteis para cada necessidade. Como não sabiam somar, pauzinhos eram bons para contabilizar os pontos. Para o resultado total, números eram mais úteis.

Na hora de registrar as quantidades finais de pontos, os pequenos foram buscar os valores correspondentes na reta numérica (do 1 ao 50). Uma nova discussão se iniciou. Um grupo havia conseguido 36 pontos e o outro 39. Como o 36 apareceu antes, as crianças acharam, então, que a equipe que tinha conquistado esse total era a ganhadora. Andreia questionou: "Os números maiores ficam no começo ou no fim da reta?". Elas disseram que ficavam mais próximos do fim, concluindo que o grupo vencedor era o que tinha atingido 39 pontos. Sobre a sequência didática da professora Andreia, Camilla completa: "O que faz diferença para a criança é participar dessas discussões frequentemente. Afinal, uma boa aprendizagem da numeração escrita, abrangendo a compreensão do sistema, influencia na construção de conceitos matemáticos".

1 Registro de quantidades Leve uma série de objetos para a sala de aula e peça que as crianças contem e registrem a quantidade total. Problematize as diferentes formas de registro.

2 Comparação de anotações Peça que os pequenos comparem as anotações e discuta com todos o que é necessário para que um registro seja bom.

3 Guerra dos dados Separe as crianças em duas equipes e convide-as a jogar o dado uma vez por rodada. Peça que um integrante de cada time vá anotando as pontuações no quadro.

4 Estratégias para somar Na hora de contar os pontos, observe quais estratégias as crianças utilizam para calcular com base nos diferentes registros. Converse com elas sobre quais dele são mais apropriados para cada situação.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/risquinho-bolinha-ou-numero-contar-contagem-826341.shtml#ad-image-0



MINHA IDENTIDADE, MEU JEITO DE SER!
A construção da identidade se dá por meio das diferentes formas de interações da criança com o seu meio social. O espaço escolar é um universo social diferente ao da família, favorecendo novas experiências, ampliando desta forma seus conhecimentos a respeito de si e dos outros.
Com o objetivo de oportunizar situações contextualizados para que os estudantes consigam construir sua própria identidade, valorizando a vida, o meio social em que vivem e as pessoas que fazem parte de sua história, a Equipe de Apoio ao Processo Ensino Aprendizagem da EMEI D. João A. Hoffmann, com orientação da professora de Apoio Andressa Confortin, aplicaram uma atividade do projeto “Minha identidade, meu jeito de ser”, que contou com a construção de um boneco para cada turma da escola.
Os estudantes foram incentivados a dar nome e características físicas, bem como indicar moradia, preferências, medos e alegrias para o boneco da turma – menino ou menina.
Foi um momento muito valioso, pois os estudantes conseguiram transpor para o boneco suas próprias vivências, valorizando o estudante como um ser único e integral. Os bonecos e a fixa contendo as informações sobre a identidade de cada um foram expostos na escola para apreciação das famílias. Após, cada turma ficou com o seu boneco para brincar e explorar no espaço escolar.




quarta-feira, 26 de agosto de 2015

IV FÓRUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL


Inscrições
SEQUÊNCIA, CORES E FORMAS!
Com o objetivo de explorar conceitos como: cor, formas geométricas e sequência as turmas do Pré A da EMEI D. João A. Hoffmann, acompanhadas pelas professoras Tchessika, Indiana, Maríndia, Franciane , Andressa, Liliane e Méropy reaproveitaram um material reciclável e confeccionaram um jogo. Após explorado na escola as crianças levaram para casa para interagir com a família.

PIQUENIQUE!
As turmas do Maternal IA e IB das professoras Mariza e Tauana estudaram a separação do lixo através de um gostoso piquenique. Além de compartilhar o lanche os pequenos aprenderam sobre a importância de separar o lixo orgânico do lixo seco, de recolher o lixo produzido durante a atividade (embalagens e cascas de frutas). Pequenas atitudes que ajudarão na preservação do meio ambiente

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O que a creche pode ensinar?

Entenda quais são as experiências de aprendizagem para crianças até 3 anos e saiba como cada uma delas influencia no desenvolvimento infantil

Paula Nadal
No Brasil, a ideia de um currículo para a Educação Infantil nem sempre foi aceita. O termo, porém, ganhou força na última década, quando passou a ser de fato compreendido como um conjunto de práticas intencionalmente planejadas e avaliadas - um projeto pedagógico que busca articular experiências e saberes da criança para inseri-la na cultura, capaz de prepará-la para encarar o Ensino Fundamental da melhor maneira possível.

Para Jean Piaget, o sujeito constrói seu próprio conhecimento, processo que se dá a partir da interação com os outros e com o mundo dos objetos e das ideias. Por isso, o currículo da creche deve apontar quais experiências de aprendizagem são fundamentais para o desenvolvimento da criança, levando-se em conta as principais conquistas deste período, como a marcha, a linguagem, a formação do pensamento simbólico e a sociabilidade. É este projeto pedagógico que vai orientar as ações e definir os parâmetros de desenvolvimento dos meninos e meninas.
Em 1998, o Ministério da Educação (MEC) publicou o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, documento que aponta metas de qualidade para garantir o desenvolvimento das crianças na creche e na pré-escola. Mas a elaboração de propostas curriculares municipais é bem mais recente.

Conheça, abaixo, os sete eixos de aprendizagem da creche organizados por NOVA ESCOLA para oferecer cuidado, segurança, acolhimento e condições para o desenvolvimento subjetivo e intelectual das crianças entre 0 e 3 anos.
1. Exploração dos objetos e brincadeiras
2. Linguagem oral e comunicação
3. Desafios corporais
4. Exploração do ambiente
5. Identidade e autonomia
6. Exploração e linguagem plástica
7. Linguagem musical e expressão corporal
 Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/creche-pode-ensinar-548829.shtml
Jogo da velha:


      O jogo é uma ferramenta muito importante no que se refere a aquisição de conhecimento na Educação Infantil. Dessa forma as turmas do Pré B da EMEI D. João A. Hoffmann juntamente com suas professoras, Chaiane, Franciane, Liliane e Tauana, fizeram o resgate de um jogo da nossa cultura popular: O jogo da velha.
      Com apoio de tabuleiros, quadro e giz  as crianças se envolveram na atividade com bastante entusiasmo. Além de aprimorarem o relacionamento com os colegas e o  respeito as regras, os estudantes utilizaram estratégias ( raciocínio lógico e atenção) para vencerem o jogo.
Quebra-cabeça Esquema Corporal


Para estimular a aprendizagem sobre a temática: Esquema Corporal e proporcionar maior interesse sobre o assunto, as turmas de Maternal I das professoras Tauana e Mariza, confeccionaram um quebra-cabeça com materiais recicláveis, de proporção grande e um boneco, com o objetivo de trabalhar o esquema corporal, noção espacial e percepção visual.





LABIRINTO
Objetivando o brincar e o aprender as Professoras do Pré B Franciane, Tauana, Chaiane e Liliane com a ajuda da Coordenadora Pedagógica Sandra construíram um labirinto, onde as crianças exploraram diversas possibilidades para encontrarem o caminho da saída, vivenciando uma experiência desafiadora.
Primeiramente as crianças entraram no labirinto individualmente e posteriormente em pequenos grupos, tornando a atividade mais divertida. O estudante Lindomar comentou: “Eu me perdi e daí fui para o outro lado e não me perdi.” Já a estudante Alessandra falou ao sair do labirinto: “ Achei fácil porque tinha o caminho aberto, bem legal” A atividade foi estendida as demais turmas da escola.




Escola Municipal de Educação Infantil São Cristóvão em: Encontro de Pais

Na última quinta-feira (06/08) aconteceu nas dependências da Escola Municipal de Educação Infantil São Cristóvão o 1º Encontro de Pais, dentro do Projeto Família e Escola – Parceiras da Aprendizagem.
Este encontro foi proporcionado para as famílias dos estudantes do Pré B e teve como tema: Alfabetização sem traumas.
O encontro foi iniciado com a leitura e discussão da mensagem: Eduque sempre. Em conseguinte foi trabalhado o tema Alfabetização, onde os pais puderam conhecer o real objetivo do Pré B e algumas dicas de como podem ajudar seus filhos nesse processo.
Por fim, foi realizada a Dinâmica da Árvore, onde as crianças presentes puderam participar também.
Foi um momento de grande vali, onde pais e professores puderam compartilhar ideias, tirar dúvidas e relatar a vivência diária.

[...] quando a escola e os pais falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos [...]” (TIBA, 2002, p. 183)